Entre 28 e 30 de Março Stª Maria da Feira foi palco do Cerimonium Fest ‘13. Tendo como local de atuações o Cine Teatro António Lamoso, o festival dividiu-se em três dias com o primeiro e último mais direcionados para a vertente Thrash/Groove/Hardcore, ficando a noite de sexta inteiramente dedicada ao Death/Black Metal. Dia 1 A primeira banda a atuar foram os Punchdown. Praticantes de um Thrash/Groove Metal, este jovem coletivo aposta numa maior presença em palco como forma de se dar a conhecer ao público. Tendo como difícil tarefa abrir as hostilidades, paulatinamente foram cativando o público que ia chegando, fruto também de uma grande energia e garra em palco. Com algumas arestas a limar a nível de vocalização mas senhores de uma forte vontade de vencer (conforme me apercebi pela conversa que tive com Cristiano Carvalho), isso será facilmente ultrapassado. Num futuro próximo encontra-se já previsto o seu álbum de estreia. A segunda banda a atuar foram os Soul of Anubis. Estes Prog Thrashers de S. João da Madeira apresentaram um set muito bom, com uma sonoridade que nos transportava para ambientes intemporais. A ouvir com mais atenção. Seguidamente subiram ao palco os Urban War. Em termos sonoros já sabia o que me esperava, já tínhamos feito aqui a análise ao álbum “Reborn”; agora uma coisa posso dizer, não contava com tamanha performance em palco. Garra, energia, entrega e uma indumentária “tipo Iron Man” foram mais que suficientes para cativarem e fazerem o público vibrar. Muito boa atuação. A fechar o 1º dia do evento estiveram os Gates of Hell, onde se pode ouvir a voz de Raça, vocalista dos Revolution Within. Acompanhado de bons músicos, só poderia terminar da melhor maneira a noite de quinta-feira ao ritmo de Death/Thrash. Dia 2 Os Cape Torment deram o pontapé de saída no dia mais negro do festival com uma atuação de Death Metal old school bem conseguida, abrindo caminho para o Extreme Black Metal dos Beastanger. As pinturas e a presença demonstrada em palco empurraram o público para um estado de negrura e caos interior. A essa aura negra juntou-se o caos e destruição do Brutal Death Metal apresentado pelos Pestifer, mantendo a noite num ritmo de decadência e brutalidade. A eles juntaram-se os Sonneillon BM com o seu Black Death Metal de índole satânica, incendiando ainda mais o palco. A fechar esta noite negra estiveram os conimbricenses Dark Oath, que apresentaram um Melodic Death Metal de bom recorte técnico e boa voz gutural da vocalista Sara Leitão. Dia 3 Último dia do festival e, para mim, o melhor de todos, sem qualquer desprimor pelas bandas dos dias anteriores. A noite começou com os Setup The Breakdown, banda escolhida para substituir os desistentes I Machinery. Metalcore simples e direto com bom registo vocal de Dani. Seguidamente entraram em palco os portuenses Chaos in Paradise. Devo dizer que fiquei fã; excelentes melodias, boa técnica e grande voz da Sara Valente, indo desde voz límpida até um registo mais gutural com grande facilidade. Neste momento a preparar o seu álbum de estreia, uma banda a divulgar proximamente aqui no site. Logo após entraram em palco os Revolution Within. Não há muito a dizer sobre eles; garra e energia em palco, como é seu apanágio, Speed/Thrash do princípio ao fim e enorme comunhão com o público. Sem grande admiração, a maior enchente do concerto foi para os ver. Assistiu-se a um dueto entre Raça e Dani com a música “Pull The Trigger” e a um final explosivo com grande parte do público em palco a celebrar com a banda. Atuação digna de terminar um festival, mas ainda faltavam atuar os Anonymous Souls, que iriam apresentar o seu EP “Reverse The Evolution”. O concerto começou com uma apresentação de slides evocativa do assunto do EP, dando um maior colorido ao Thrash de cariz mais melódico deste coletivo. Excelente término de festival. E assim se passaram 3 noites de muita e boa música nacional. Tirando alguns pequenos problemas técnicos, nomeadamente ao nível do som, e um atraso no último dia (questões a rever para não se repetirem futuramente), o festival decorreu normalmente, com muita animação e boa disposição. Só me resta agradecer à organização, Flávio, Guilherme, Samuel a amabilidade e as condições dispensadas; ao Cristiano dos Punchdown pela conversa e simpatia; à Sara dos Chaos in Paradise pela oferta do EP e pela simpatia demonstrada na nossa conversa. Fica também um abraço de apoio ao Dani nesta sua nova aventura no estrangeiro. E para o ano lá estaremos novamente para mostrar o que de melhor se faz neste país pelo Underground. |
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Davi Cruz |
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